terça-feira, 11 de maio de 2010

Você

Que surgiu entre a escuridão da noite como quem não quer nada, me ofereceu um cigarro e me fez sorrir.
Que brincou com meus cabelos, interpretou meus sonhos e traduziu letras de musicas pra mim.
Você.
Que me abraçou quando eu precisava e me mostrou o amor do decorrer de cada dia.
Que fazia meu prato preferido, trazia meu café na cama e dormia juntinho a mim.
Você, só você.
Que desenhava e tecia planos de um amanha sem fim.
Que teimava comigo e me fazia pedir desculpas por coisas das quais não fiz.
E não há ninguém, não, não há. Só você.
Porque são teus meus melhores sonhos.
Porque foram contigo meus dias inesquecíveis
Porque foi comigo a sua noite perfeita.
Você, mais ninguém.
Porque é o teu corpo que o meu pede, é a tua mão que quero junto a minha.
Você, só você.
É o seu cheiro que grudou em mim, é o seu gosto que não sai da minha boca.
Não, ninguém mais.
Porque era você que conhecia minhas manias
Era você que sabia me convencer
Era você que me mimava, que me amava, que me enlouquecia...
Você.
Sempre foi a exceção, o diferente, o imperfeito
Só você
Meu amor em poesias, meu segredo, minha alegria.
Você
Pra quem fiz meus mais sinceros votos de amor.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Além dos sonhos e saudades...


Há um espaço para a dor.
Um pequeno cantinho de tristezas e magoas de um impossível amor.
Além dos caminhos da beleza, existe um traço de feiúra
Um mínimo de delicadeza misturado em luxuria
Além dos espaços vagos, existem palavras escondidas
Traços de vontades, muitas vezes subentendidas
Além dos toques, existem receios
Um medo de um futuro, um passado, um presente, um segredo
Além dos olhares, existem os pensamentos
Que cantam aos ouvidos e são levados pelo vento
Mas além de tudo que esta além, existe o refugio
Que guarda e transmite a essência de meus sentimentos mais ocultos.

Perdão


Por todas as palavras das quais eu nunca disse
Por todos os momentos que eu sempre sonhei
Pelas lagrimas e lagrimas perdidas a noite
Pelos espaços de tempos acumulados em vão

Pelos toques e erros diários
Pelos tons agressivos e de compaixão
Pelas melodias que embalavam
Pelos impulsos do coração

Pelas noites mal dormidas
Pelos sonhos adquiridos
Pelos detalhes esquecidos

Pelos medos, pelas dores
Pelos pêsames, pelos falsos amores
Pelos cansaços, pelos palavrões

Pela mentira, pelo desejo
Pelo o olhar, pelo silencio
Pelo orgulho, pelo desespero

Perdão.



Não é fácil ser escritor.
Quanto mais você escreve, mas a vontade de escrever te consome. Quanto mais você se pergunta, menos respostas você encontra e quanto mais se aprofunda, menos se vê por fora.
Não é fácil escrever.
As entrelinhas parecem guardar pesadelos sombrios. Os parágrafos apresentam nostalgias loucas e os temas, são sempre melodias que nunca saem do ar.
Mas é bom escrever.
Nem que seja para um desabafo. Uma forma de se guardar o que se sente de tal maneira com que se pode pega-lo a qualquer momento.
É um dom.
Um dom divino, um dom oculto, um martírio.
É sentimento.
Sentimento de amar, sentimento de dor, sem ao menos, se sentir.
É vertigem, é coragem, é o caminho.
Eu sou um mistério, eu vivo um mistério, eu escrevo.

Não ao amor.


Mas é que todo mundo só quer saber de amar.
Procuram desesperadamente por alguém perfeito, um encaixe, um complemento.
Pois eu desisto, digo não ao amor!
Porque eu iria querer um ombro nas noites de frio, um colo perfeitamente adequado e um cheiro inconfundível?
Porque me arriscaria em mares audaciosos? Só para provar um beijo perdido? Só pra matar a sede em nascentes límpidas e delirar com suspiros?
Não, eu não quero o amor!
Não vai ser um olhar apaixonante, um sorriso estonteante e uma mania que vai me agradar.
Não será o jeito de me enlouquecer, um toque (Oh, que toque!) e um louco desejo que vai me levar.
Não, eu não quero o amor. E é disso que me convenço;
Até o instante de te encontrar, novamente.

domingo, 2 de maio de 2010

Dois


Eu o amo, apenas sozinha.
Porque aquele gosto doce da tua boca ficou em meus lábios. Aquele toque arrepiante ainda dá choque em minha pele e aquela voz, ora tão seria, ora tão audaciosa, ainda perpetua meus ouvidos.
Eu o amo, e mais, desejo.
Porque aquele olhar tão significativo do qual eu sabia exatamente o que queria dizer, ainda ronda a minha memória. Aquele cheiro tão provocativo ainda tira meu sono e as palavras me enlouquecem.
Eu te espero, perdida.
Pela forma com que teus dedos traçavam meu corpo, pelo suor da tua pele junto a minha e pela tua respiração ofegante em meu pescoço.
Eu te quero, na minha.
Sem mais demoras e sem sufoco, sem reclamações e ironias, sem gestos e palavras mal ditas.
Nós dois, um só.
Nas encostas da noite, vivendo um amor com sabor de proibido perdido nos encontros e desencontros da vida com um coração que bate acelerado diante de cada suspiro seu.
Mas é só sonho, delírio.
A cada momento que passa me acostumo com a certeza de que você já não mais esta aqui.
E assim eu sigo a minha vida: com as lembranças inesquecíveis de um toque e um beijo sem igual; sombra do passado, futuro incerto.
Eu ainda o amo, mas, apenas sozinha.