quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Mas uma noite soturna.
O frio atravessa a janela do meu quarto e se estaciona aqui, bem perto do meu coração.
Gelo.
E de repente uma onda quente de lembranças vem em minha companhia. Lembranças de noites ferventes, noites gloriosas.
Noites que você estava aqui, com seu corpo gelado junto ao meu, seu hálito fresco em meu pescoço e suas mãos tremulas contornando cada parte de mim. Momentos em que sua voz era sussurro em meus ouvidos,seu beijo era fruto proibido do qual a minha boca não cansava de provar.
Momentos puros de amor.
Um amor misturado a desejo, um traço de romance e prazer;
Mas você se foi.
Como o dia que amanhece, o céu que clareia e os pássaros que migram.
Você me deixou, sem compaixão.
Como se tudo aquilo dito e vivido nos emaranhados da noite tivessem desaparecido juntamente com as fantasias do verão.
O outono se foi, minha porta o inverno abriu.
E nessa cama que você perpetuou segredos, ninguém nunca mais se deitou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário