sexta-feira, 4 de maio de 2012

Toda menina cresce brincando de Barbie, lendo cinderela e Rapunzel, escrevendo em diários e assistindo filmes nos quais o príncipe encantado resgata a indefesa princesa e por fim, ambos vivem felizes para sempre. Clichê,não? Tudo faz parte de um mero ciclo que a sociedade tornou padrão. Como o discurso errôneo de casamento “ Eu fulana, aceito cicrano na alegria ou na tristeza,na saúde ou na doença, até que a morte nos separe”. Pois bem querida, com a maturidade você percebe que não é bem a morte que deveras vezes separa um casal.
A mulher foi criada e moldada para a satisfação dos homens. Sim, isto não é feminismo, é realidade; Lavamos,passamos,cozinhamos,cuidamos dos filhos, trabalhamos e somos nada mais nada menos do que a máquina sexual e funcional, enfim, sem entrar neste aspecto hoje, voltemos ao ponto de partida: a satisfação masculina.
Nada contra a satisfação de um homem, pelo contrário, sou a favor de que ambos proporcionem felicidade a aquele que escolheu para estar junto, porém, nossa infância irreal pode vir a tornar muitas coisas digamos embaçadas para o relacionamento.
Porque todas deveriam saber que filme bom é shrek: Enquanto a princesa Fiona aprisionada em seu castelo sonha com um lindo príncipe encantado em um cavalo branco e com imenso palácio, a vida prepara um ogro que mora em um pântano e tem como fiel escudeiro um burro. Isso sim é filme! Porque aí você aprende que amor mesmo, pra valer, não vem do jeito que a gente tanto sonha. Quer amor? Quer se entregar? Quer viver seus dias perdidamente apaixonada por alguém? Pois não espere que esta pessoa seja a mais bonita da cidade, com um carro importado, uma casa de praia e a! Dólares no banco.
Tire uns minutos do seu dia e assista animal planet. Você vai ver que todas as fêmeas de todas as espécies procuram seu parceiro por requisitos. Elas querem o maior macho, o que canta mais, se exibe mais, corre mais ou sei lá, o que tem sempre mais. Porque? DNA; tudo pela qualidade dos filhotes.
E nós mulheres, onde nos encaixamos nisso? Simples: somos fêmeas e como todas as outras ,procuramos o melhor macho.
É por isso que deveras vezes você se apaixona por aquele carinha, é, aquele vizinho gatinho, mas sem seus digamos “requisitos” e fica ai nessa, sem saber se deve ou não se entregar. É amor? Pode ser. Mas você prefere pisar em terras seguras ao investir em alguém que pode não te proporcionar algo no futuro.
Isto não é ser mercenária, isto é ser mulher. Homens procuram atrativo físico enquanto mulheres buscam satisfazer seus interesses; enquanto eles acham que estamos atraídas por fazer perguntas e prendermos nossa atenção, na verdade estamos preenchendo nossa listinha mental com cada resposta e atitude. Somos uma maquina que soma, multiplica,divide e diminui toda e qualquer chance que um cara pode ter conosco.
Por isso que o “até que a morte nos separe” apresenta certo engano. Como alguém pode colocar “na riqueza e na pobreza” e a “até que a morte nos separe” em uma única frase?  Mulher se preocupa com status! Até mesmo aquela que vive sua vida humilde e se casa com o primeiro namorado. Ela viu nele a segurança, mesmo que para muitas outras ele não tenha (aparentemente) nada para oferecer, pra ela ele teve e muito!
Outro exemplo claro: moradoras de comunidades. Porque muitas mulheres que habitam comunidades carentes tornam-se esposas de traficantes? Segurança.
O cara pode fazer coisa errada, ganhar seu dinheiro por meio ilícito, mas perante aquela realidade em que ambos cresceram, ele vai ser a oportunidade de um algo a mais, de quem sabe uma casa melhor, uma escola particular para os filhos...
Não tem como negar: beleza não é fundamental; pelo menos não para nós mulheres. Porque vale mais um feio companheiro, estável e gentil do que o bonitão arrebatador fudido.
Sincero mesmo seria subir ao altar e poder dizer “Eu mulher, aceito você homem, com beleza ou sem beleza, na saúde ou na doença, na estabilidade financeira e na prosperidade dos nossos dias, até que o caos social nos separe”.


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