Toda menina
cresce brincando de Barbie, lendo cinderela e Rapunzel, escrevendo
em diários e assistindo filmes nos quais o príncipe encantado resgata a
indefesa princesa e por fim, ambos vivem felizes para sempre. Clichê,não? Tudo
faz parte de um mero ciclo que a sociedade tornou padrão. Como o discurso errôneo
de casamento “ Eu fulana, aceito cicrano na alegria ou na tristeza,na saúde ou
na doença, até que a morte nos separe”.
Pois bem querida, com a maturidade você percebe que não é bem a morte que
deveras vezes separa um casal.
A mulher foi
criada e moldada para a satisfação dos homens. Sim, isto não é feminismo, é
realidade; Lavamos,passamos,cozinhamos,cuidamos dos filhos, trabalhamos e somos
nada mais nada menos do que a máquina sexual e funcional, enfim, sem entrar
neste aspecto hoje, voltemos ao ponto de partida: a satisfação masculina.
Nada contra a
satisfação de um homem, pelo contrário, sou a favor de que ambos proporcionem
felicidade a aquele que escolheu para estar junto, porém, nossa infância irreal
pode vir a tornar muitas coisas digamos embaçadas para o relacionamento.
Porque todas
deveriam saber que filme bom é shrek: Enquanto a princesa Fiona aprisionada em
seu castelo sonha com um lindo príncipe encantado em um cavalo branco e com
imenso palácio, a vida prepara um ogro que mora em um pântano e tem como fiel
escudeiro um burro. Isso sim é filme! Porque aí você aprende que amor mesmo,
pra valer, não vem do jeito que a gente tanto sonha. Quer amor? Quer se
entregar? Quer viver seus dias perdidamente apaixonada por alguém? Pois não
espere que esta pessoa seja a mais bonita da cidade, com um carro importado,
uma casa de praia e a! Dólares no banco.
Tire uns minutos
do seu dia e assista animal planet. Você vai ver que todas as fêmeas de todas
as espécies procuram seu parceiro por requisitos. Elas querem o maior macho, o
que canta mais, se exibe mais, corre mais ou sei lá, o que tem sempre mais. Porque? DNA; tudo pela qualidade
dos filhotes.
E nós mulheres,
onde nos encaixamos nisso? Simples: somos fêmeas e como todas as outras
,procuramos o melhor macho.
É por isso que
deveras vezes você se apaixona por aquele carinha, é, aquele vizinho gatinho,
mas sem seus digamos “requisitos” e fica ai nessa, sem saber se deve ou não se
entregar. É amor? Pode ser. Mas você prefere pisar em terras seguras ao investir
em alguém que pode não te proporcionar algo no futuro.
Isto não é ser
mercenária, isto é ser mulher. Homens procuram atrativo físico enquanto
mulheres buscam satisfazer seus interesses; enquanto eles acham que estamos
atraídas por fazer perguntas e prendermos nossa atenção, na verdade estamos
preenchendo nossa listinha mental com cada resposta e atitude. Somos uma
maquina que soma, multiplica,divide e diminui toda e qualquer chance que um
cara pode ter conosco.
Por isso que o “até
que a morte nos separe” apresenta certo engano. Como alguém pode colocar “na
riqueza e na pobreza” e a “até que a morte nos separe” em uma única frase? Mulher se preocupa com status! Até mesmo
aquela que vive sua vida humilde e se casa com o primeiro namorado. Ela viu
nele a segurança, mesmo que para muitas outras ele não tenha (aparentemente)
nada para oferecer, pra ela ele teve e muito!
Outro exemplo
claro: moradoras de comunidades. Porque muitas mulheres que habitam comunidades
carentes tornam-se esposas de traficantes? Segurança.
O cara pode fazer
coisa errada, ganhar seu dinheiro por meio ilícito, mas perante aquela
realidade em que ambos cresceram, ele vai ser a oportunidade de um algo a mais,
de quem sabe uma casa melhor, uma escola particular para os filhos...
Não tem como
negar: beleza não é fundamental; pelo menos não para nós mulheres. Porque vale
mais um feio companheiro, estável e gentil do que o bonitão arrebatador fudido.
Sincero mesmo
seria subir ao altar e poder dizer “Eu mulher, aceito você homem, com beleza ou
sem beleza, na saúde ou na doença, na estabilidade financeira e na prosperidade
dos nossos dias, até que o caos social nos separe”.
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