É que nas armadilhas da vida, nós caímos.
Tentei de todas as formas me segurar a isso, pedia todos os dias a proteção divina e o acaso favorável. Mas foi em vão.
O tempo passou e o dia a dia corriqueiro nos mostrou um novo sentido de viver. Não mas nos completávamos, mas sim a cada dia que passava, o abismo era maior.
Tanta diferença foi aparecendo, talvez escondidas por uma venda chamada amor.
Mas eu tentei.
Tentei não demonstrar fraqueza quando mais me sentia fraca; tentei te olhar nos olhos quando não dava, tentei construir um castelo ao nosso redor.
E foi em vão.
A cada dia o vazio aumentava; os risos forçados, os momentos de solidão...
Não dava.
Mesmo querendo, uma voz urgia em oposição, as manias incomodavam e eu me perdia nos detalhes.
Foi um sinal.
Sinal de que ali, o amor não mais habitava e, nós dois, que tínhamos a presença constante um do outro apenas vivíamos por costume, dependência.
E será que valeu a pena?
É nessa altura da vida que nos pegamos desprevenido pensando se isso tudo fez sentido.
Talvez não fosse para ser.
É intrigante como no fim sempre pensamos no início; um filme do qual nunca se viu que passa constantemente de forma aleatória.
E o que mais me crucifica é dizer adeus
Porque nessa historia, eu me doei por completo a você.
Eu sei que foi real, mas teve um fim como tudo que passa por nós nessa vida estranha e complexa de se entender.
E sigo meu caminho, decido de que uma carta de amor, não vou mais escrever.
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