quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Chegam horas na vida que tudo lhe cansa; as flores perdem os aromas, os sorrisos lhe parecem falsos e o tempo seu inimigo. Sua vida se resume em um pequeno quarto sentando a beira de um computador esperando que a música que lá fora toca seja compatível e demonstre algum tipo inspiração.
Chega uma hora na vida que suas roupas são insignificantes, que seu estilo é bizarro e seu palavreado chulo; chega um momento em que você se vê só, quer estar só, e se tranca em um pequeno quarto onde o som lá de fora lhe toca e faz milagres.
Mas chega um momento no meio desses momentos que você percebe que é feliz; percebe que o vestido novo lhe fez sorrir, os velhos e bons amigos ligam chamando por ti e aquele belo par de olhos já quase esquecido grita por você.
Talvez a felicidade seja ruim para os negócios, transparece sensações das quais o comercio e a mídia tenta esconder. Talvez a felicidade seja indesejável por nós humanos, porque sempre que a temos deixamo-la partir com uma facilidade tremenda.
Talvez gostemos de ser aquilo que dizem, e não aquilo que somos; os tons, os moldes, tabus, tudo parte de uma invenção: a nossa invenção.
É tão simples ser feliz, mas fazemos das mais simples coisas, as mais complicadas e impossíveis.Gostamos da luta, da procura, da vitoria, mas nunca nos permitimos ganhar.
E se você, em um momento qualquer, resolver saber quem é realmente, se cansar da rotina e resolver se entregar aos detalhes,quem sabe, descubra o seu verdadeiro eu, a sua vitória e aquilo pelo qual sempre procurou. Porque infeliz não é aquele que sonha, mas aquele que nunca se permite sonhar.

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