Já beira o entardecer.
De longe os pássaros voam em bando exaltados, colorindo o céu; nas ruas, conversas e passos que vem e vão, sem parar. Mas aqui dentro, faz silêncio. Um silêncio fascinante, diferente, uma atmosfera de paz e magia.
De longe os pássaros voam em bando exaltados, colorindo o céu; nas ruas, conversas e passos que vem e vão, sem parar. Mas aqui dentro, faz silêncio. Um silêncio fascinante, diferente, uma atmosfera de paz e magia.
Ao lado, um pequeno pedaço de papel com algumas rasuras: rascunhos de palavras e pensamentos sacramentados e condenados a ficarem a sós.
Guardei-os dentro da pasta. Por hoje, me basta.
É impressionante como o dia só se completa, só se entende, só se manifesta depois de escrever.
Vai ver é assim: como todas as artes, a escrita é um vício penoso do qual seu dependente tende a não se curar.
É um mal: um mal que salva, que consome, que inspira. Um mal que faz parte do dia que se vai e só se vive se for guardado dentro de uma pequena pasta alaranjada, onde o tempo fará seus milagres.
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